quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
A importância de conhecer as normas básicas da língua
"Erros básicos de português podem custar vagas de estágio a candidatos" esse é o título da matéria publicada hoje no G1.
O assunto abordado não é novidade. É muito mais comum do que se imagina encontrarmos estudantes despreparados e desprovidos do uso adequado da língua, principalmente em situações que exigem certo conhecimento. Ter um "bom português" é fundamental para pessoas que se candidatam a vagas de vestibular ou de emprego, mesmo que sejam de outras áreas de estudo.
Erros como o uso inadequado da pontuação, de concordância, uso de gírias e abreviações (como “p/” no lugar de “para”) estão presentes nas redações de pelo menos mais de 50% dos candidatos, sem falar dos erros de ortografia tais como os apontados pelo NUBE:
Piores erros na seleção do Nube
Erros ortográficos em ditados
Ceissentos (seiscentos)
Ociosso (ocioso)
Exzaltivo (exaustivo)
Nescessário (necessário)
Asesor (assessor)
Raciosínio (raciocínio)
Percurço (percurso)
Cinteze (síntese)
Submiço (submisso)
Erros em redações e entrevistas
Seje (seja)
Esteje (esteja)
Nós fomo (nós fomos)
Treis, déiz (três, dez)
A perca da pessoa foi importante para mim (a perda da pessoa foi importante para mim)
Fazeno (fazendo)
Num gosto de... (não gosto de...)
Moro cá minha mãe (moro com a minha mãe)
Não gosto, mais eu faço (não gosto, mas eu faço)
Saber escrever utilizando-se da norma culta, não quer dizer que essa deva ser agregada aos nossos valores como o único e verdadeiro meio de se comunicar. As variedades lingüísticas divergem na língua chamada “exemplar”, por isso ela não é correta e tampouco incorreta.
No entanto, o uso adequado do português faz-se necessário para o ingresso no mercado de trabalho independente da área que a pessoa atuará, além das diversas situações sociais que possam exigir um bom conhecedor da língua- mãe . Concordo com a citação do professor Evanildo Bechara.
"...que o aluno saiba escolher as modalidades adequadas a falar com gíria, a falar popularmente, a saber entender um colega que veio do Norte ou que veio do Sul, com os seus falares locais, e que saiba também, nos momentos solenes, usar essa língua exemplar, que é o patrimônio da nossa cultura e que é o grande baluarte que esta Academia defende."
O problema de tantos erros linguísticos cometidos por candidatos, e que vem assustando os selecionadores, pode estar na formação dos estudantes, como ressalta a professora Jeni Turazza da PUC-SP: “A pessoa precisa ter uma formação sólida em termos de ensino fundamental, médio e graduação. Hoje estamos alfabetizando em cursos de pós-graduação, o que é preocupante”
Além da má formação acadêmica, está também inclusa a questão da falta de interesse dos estudantes quanto ao aprimoramento necessário da língua. Os livros são facilmente trocados por redes sociais nas quais os alunos passam horas diariamente conectados. Concordo com a professora Jeni quando diz que o problema não está em apenas criticar o uso da internet, e sim quando há uma exclusão dos demais meios linguísticos.
Dicas para melhorar o conhecimento da língua:
* Leia livros de diversas áreas e assuntos;
* Participe de eventos culturais (teatro, cinema, museu);
* Leia jornais e revistas;
* Procure conversar com professores e pessoas mais velhas, eles sempre têm algo a ensinar;
* Participe de treinamentos e faça cursos de português;
* Consulte gramáticas, dicionários e livros de português sempre que necessário;
* Faça testes de português de fontes confiáveis e treine seus conhecimentos.
Fonte: Nube e professora de língua portuguesa Jeni Turazza
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Ótimo post Erikinha!
ResponderExcluirNóis temo memo que iscrevê o purtogueis direito, açim ninguem correge!
:P