quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bem vindo ano novo!



Hoje é dia de relembrarmos os acontecimentos do ano que está por acabar, e quem sabe ir mais além, talvez refletirmos sobre os muitos momentos vividos ao longo de mais um ciclo, afinal chegou o fim da primeira década do século XXI.

Balanços nos âmbitos pessoal, profissional e familiar fazem parte desse processo. Temos em mente, acredito que por razões culturais, que ao final de cada ano nos é dada a oportunidade de olharmos para trás e vermos tudo aquilo que pensamos, realizamos e vivemos. E até mesmo, quem sabe, conferirmos a lista de resoluções do ano passado, para verificarmos quantas das metas ali almejadas conseguimos atingir.

O fato é que nos enchemos de coragem para mudarmos coisas que nos desagradam, desde a decoração da casa até características de nossa personalidade. Acreditamos que a partir de janeiro tudo será novo em nossa vida assim como o ano.

Não faz-se necessária a vinda de um ano novo para que possamos imergir em nosso mais profundo intímo, e assim, despertarmos nossa ânsia por mudanças. Elas estão presentes no cotidiano, em cada decisão a ser tomada, na postura diante de desafios etc. Somos como as borboletas, estamos em constante metamorfose.

Carlos Drummond de Andrade, sabiamente, escreveu no poema Receita de Ano Novo: " É dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre."

Para aqueles que não conhecem ou que não se recordam desse poema...

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade


Feliz 2010!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vida e arte se misturam no palco

Portadores de deficiência encontram no teatro e na dança ferramentas para a inclusão social.

"Só uma mão jamais fará aplauso, só uma boca jamais fará o beijo. Tudo junto, sim, formarão uma imensa risada que quando Deus ouvir, nunca mais vai se sentir sozinho." (Oswaldo Montenegro)

Cadeirantes e deficientes visuais encenam, a partir de fevereiro, o musical A Mansão de Miss Jane (versão Mix), no teatro Dias Gomes. O grupo faz parte do Projeto Mix Menestréis, criado pelo diretor Deto Montenegro em 2003, com o objetivo de usar a arte como ferramenta de inclusão.

O roteiro da peça original - escrita para atores sem limitações físicas - teve de sofrer algumas adaptações para os portadores de deficiência, principalmente a parte coreográfica. Mas o resultado final, segundo o diretor, é muito próximo do original.

“Não se pode mudar muito, porque senão você foge da linha original do musical. É importante que o público identifique o espetáculo original nesta versão para portadores de deficiência. Por outro lado, é inevitável mudar, porque a cadeira de rodas muda toda a relação de tempo e espaço no palco”, explica Deto.

A partir do Projeto Mix, Deto Montenegro, irmão de Oswaldo, criou a Cia Mix Menestréis – um grupo composto por portadores de deficiência.

Para fazer a idéia vingar, o diretor criou um método para que os deficientes visuais pudessem se locomover no palco, a partir do poema escrito pelo irmão (ver epígrafe). ”Percebi que, no momento em que o deficiente visual achasse o cadeirante, ele não só o conduziria, mas o contrário também aconteceria”, explica ele.

Percepção, intuição, reflexo, capacidade de improvisação, capacidade de lidar com as dificuldades, com os erros e principalmente, com a auto-estima, foram mudanças perceptíveis no dia-a-dia dos atores da Cia Mix.

“Conheci muitas pessoas com deficiências, pessoas com mais limitações do que eu. Mudei até o fato de não reclamar mais da vida e passei a ver com outros olhos a capacidade do ser humano”, confessa o ator cadeirante Rodolfo Ferran.

Outro exemplo de auto-estima é o de Roseli, atriz deficiente visual, que também faz parte do grupo formado pela Cia Mix. “O teatro faz com que a gente fique mais feliz, mais alegre, mais convicta. Você aceita melhor as pessoas ao seu redor e aprende a trabalhar em grupo”, afirma.

Dançando no escuro

A dança também é terreno fértil para a inclusão de portadores de deficiências. Que o diga a bailarina e fisioterapeuta Fernanda Bianchini, que desenvolveu voluntariamente um método de ensino pioneiro no Instituto de Cegos, em São Paulo, há 15 anos.

“Eu não sabia ao certo como ensinar ballet para deficientes visuais”, admite, lembrando que suas professoras sempre diziam que seria impossível ensinar sem recorrer à imitação visual. “Mas criei, junto com minhas alunas, um método de aprendizado através do toque. Eu nunca tive que ensinar duas vezes o mesmo passo, pois as alunas jamais o esqueciam,” afirma a fisioterapeuta.

Em dezembro, a Associação de Ballet e Artes para Cegos Fernanda Bianchini encenou o tradicional espetáculo natalino “O Quebra-Nozes”, no Teatro Vivo, em São Paulo.

De acordo com a bailarina, o segredo é lançar mão dos outros sentidos, já que os alunos são privados da visão. “Em primeiro lugar, usa-se muito a audição, pois eu descrevo oralmente a ação corporal. Em seguida, o aluno passa a utilizar o tato para sentir que tipo de movimento está sendo realizado e reproduzi-lo”, diz Fernanda.

Assista ao vídeo em que Fernanda conta como criou o método de ensino de balé para deficientes visuais.



Serviço

Para saber mais, acesse os sites www.oficinadosmenestreis.com.br;
www.ciafernandabianchini.org.br

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

De olho na reforma ortográfica

Volto a abordar o tema "Reforma Ortográfica" para lembrá-los que podemos conviver com as duas ortografias, a nova e a antiga até 2012, e findo esse prazo, começam a valer, oficialmente, as novas regras.

Apesar da nova ortografia estar em vigor desde o início deste ano, e estar sendo usada por muitas pessoas, existem aqueles que dizem que continuarão utilizando a "velha" ortografia até o último dia de 2012 e passarão a aderir às mudanças em janeiro do ano subsequente.
O próprio professor Pasquale declarou que vai continuar usando a ortografia antiga no seu cotidiano até dezembro de 2012.
E você? Também vai esperar até lá para adequar-se às novas regras?

Por estarmos passando por um período de adaptação, o qual devemos estar bem informados e atentos para a nova escrita, acho de muita valia seguir o Houaiss no twitter.

Aproveito para postar meu artigo de opinião sobre o tema acima. O texto foi escrito em 2007, antes do acordo entrar em vigor.

Reforma Ortográfica: a unificação da língua portuguesa

Atualmente existem duas ortografias oficias da Língua Portuguesa: a do Brasil e a de Portugal. Por isso, hoje, é preciso redigir documentos com a grafia de ambos os países, algo totalmente desnecessário.

A proposta da reforma ortográfica, apresentada em 1991 pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a qual é composta por oito países: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, prevê que mais de 230 milhões de pessoas que falam o português tenham a escrita unificada, conservando-se as variadas pronúncias.

A CPLP definiu que, quando pelo menos três países ratificassem o acordo ortográfico, esse já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004, seguido de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe em 2006, mas Portugal está hesitante em ratificar o acordo, já que as mudanças afetarão cerca de 1,6% de seu vocabulário e 0,45% do nosso.

Dentre as principais mudanças ortográficas estão a extinção do trema (o que não é utilizado pela maioria faz tempo), a simplificação das regras do hífen, a incorporação das letras “k”, “W” e “y” ao alfabeto (passando esse para o total de 26 letras), a extinção do acento circunflexo nos casos de paroxítonas terminadas com duas letras “o” (abençôo- abençoo) e nas terceiras pessoas do plural de verbos no presente do indicativo ou do subjuntivo como crer, dar, ler, ver, entre outros, e a eliminação do acento diferencial em pára (verbo) de para (preposição). Já no vocabulário português, palavras escritas com consoantes mudas, nas quais são pronunciadas, passarão a ser escritas como no Brasil (acção-ação) e o “h” inicial de algumas palavras como “húmido”, passará a não existir.

Enquanto Portugal está “em cima do muro”, a reforma ortográfica, no Brasil, está prevista para entrar em vigor em 2008, mas, obviamente, haverá um período de transição para que haja a adequação da sociedade com a nova ortografia. O ministério da Educação acredita que é pela sala de aula que a mudança deve começar e por isso prepara a modificação nos livros didáticos. Aliás, o custo da reimpressão de livros é o único fator preocupante de toda essa estória.

Portanto, com a unificação da Língua Portuguesa, livros, inclusive científicos, e materiais didáticos poderão circular livremente entre os países, sem necessidade de revisá-los. Esse fenômeno facilitará o estudo da língua, o seu uso por estrangeiros e ainda irá fortalecer nosso rico idioma.

Os benefícios não param por aí, pois, como sabemos, existem grandes autores em nosso país, os quais passarão a ser mais conhecidos com tal unificação.

Por que não unificar?



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Estrangeirismos na Língua Portuguesa


O estrangeirismo é um processo muito comum na constituição de um idioma falado. As palavras oriundas de outras línguas, principalmente a inglesa, fazem parte de nosso cotidiano, devido ao processo de globalização e tecnologia.

Podemos classificar o estrangeirismo em duas categorias: a primeira é o “aportuguesamento” de palavras como hambúrguer, xampu, xburguer, onde a grafia e a pronúncia da palavra são adaptadas para o português; já a segunda, ocorre sem o “aportuguesamento”, ou seja, conserva-se a forma original da palavra tanto na escrita como na pronúncia. Exemplo: backup, download etc.

Estamos tão acostumados com a presença dessas palavras em nossa língua que, na maioria das vezes, nem percebemos que elas têm origem em outros idiomas. O uso da língua inglesa em anúncios publicitários, por exemplo, tem sido cada vez maior.
Está certo que encontramos algumas bizarrices como


Aí não dá ,né?

Veja uma lista de palavras decorrentes do estrangeirismo.

Alimentos e bebidas: cheeseburger, cookies, diet, fast food, ketchup, light, milk-shake, pizza, sandwich, self-serve, snack, soda, sundae, sweet, whisky.

Entretenimento, lazer e jogos: baseball, basketball, bike, camping, cinema, doping, drive-in, film, fitness, game, golf, handball, handicap, happy end, HP, jeep, jogging, karting, knockout, match, motocross, mountain-bike, park, poker, pub, show, skat, story, strip-tease, surf, tennis, topless, trailer, videotape, volleyball, windsurf, video-game, walkie-talkie.

Diversos: flat, king-size, kitchen, WC, blackout, checkup, diesel, happening, ice, kit, laser, mix, premium, spray, standart, step, master, city, house, park, place, rush, street, flash, freezer, tape, telephone, planet, star, universal.

Informática: output,input, backbone, backup, batch, bit, byte, CD-ROM, chip, connection, data, sheet, database, e-mail, enter, fax, modem, graphic, hardware, HD, hard drive, homepage, internet, intranet, keyboard, media, media player, monitor, mouse, multimedia, net, off-line, on-line, print, printer, processor, scanner, software, speaker, update, upgrade, shift, enter, escape, delete.

Música: black music, blues, CD, compact disc, concert, country music, dance music, DJ, disc-jockey, flashback, funk, gospel, heavy metal, jazz, LP, new age, rap, rock, spiritual, stereo, swing, techno, twist.

Negócios: air mail, bank, best seller, boutique, business, bypass, cash, charter, club, container, credit, credit-card, delivery, express, feedback, flat, folder, follow-up, envelope, franchising, free, gold, hangar, hit, holding, hotel, lobby, Made in… magazine, management, manager, market, marketing, MBA, megastore, merchandising, news, offset, outdoor, paper, Ph.D. press, rent a car, report, royalty, sale, service, shopping center, slide, slogan, speaker, speech, duty-free, taxi, ticket, trademark, trainee, valet-park, van, design, drive-thru, export, home banking, import, money, office, motel.

Sociedade e comportamento: boyfriend, friend, girlfriend, lady, mister black, black power, gay, GLS, high society, king, President, Queen, serial killer, full-time, part-time, happy, love, relax, sex appeal, sexy, stress, baby-sitter, barman, cowboy, doctor, freelance, model, movie star, office-boy, top model.

Vestuário , acessórios e moda: baby doll, black tie, blazer, casual, cotton, lycra, fashion, jeans, stretch, shorts, tennis shoes

Você encontra essa lista com 300 palavras no site Mundo Vestibular.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Game da reforma ortográfica


Desde janeiro deste ano já estão em vigor as novas regras ortográficas da língua portuguesa. Esse assunto foi veiculado nos principais meios de comunicação, portanto, já não é mais novidade.

Este game é uma ótima oportunidade para fixar as novas regras ortográficas de nosso querido idioma. O jogo é bem simples e as questões são de múltipla escolha, mas cuidado com as pegadinhas!

Acesse o game no site da FMU.

Se o seu resultado do game não for do melhores, não se desespere! Afinal, temos até 2012 para nos acostumarmos com as novas regras. Até lá as duas serão aceitas.

terça-feira, 16 de junho de 2009

De onde vieram os nomes das notas?

Como uma boa estudante de violino e apreciadora de música "sinfônica" ou "de concerto" (é isso aí, o termo "clássico" refere-se apenas a um período da história da música, o Classicismo- época de Mozart-, que veio depois do Barroco- de Bach- e antes do Romantismo- de Mahler) não poderia deixar de postar sobre a origem dos nomes das notas musicais.

"Apesar de registros de notações musicais na Grécia Antiga e entre os chineses do século III, apenas em St. Gall (Suíça), quase mil anos mais tarde, as notas passaram a ser marcadas com maior precisão. Para os nomes das notas, os povos de língua anglo-germânica adotaram letras, de A a G, enquanto os de língua latina seguiram o hino a São João Batista, introduzido nas aulas de Guido d’Arezzo, no século XI: UT queant laxis, REsonare fibris, MIra gestorum, FAmuli tuorum, SOLve polluti, LAbii reatum, Sancte Ioannes. (Para que possam ressoar as maravilhas de teus feitos com largos cantos, apaga os erros dos lábios impuros, ó São João).
Há algumas hipóteses sobre a substituição de Ut (até hoje utilizado na França) por . Uma delas a atribui ao musicólogo Giovanni Battista Doni, no século XVII; outra, ao teórico Giovanni Maria Bononcini, autor do tratado Il Musico Prattico, publicado em 1673. A razão pela qual ocorreu a mudança é incerta. Acredita-se que foi para facilitar a pronúncia nos exercícios de solfejo. O teria sido retirado da palavra Dominus (“Senhor”, em latim)."

Texto retirado do site da Osesp: www.osesp.art.br















Olha que gracinha!!!!!!!!!!!!! Meu namorado não é lindo?
Como ele me incentivou a construir este blog, nada mais justo do que ele ser meu primeiro post.