quarta-feira, 23 de setembro de 2009

De olho na reforma ortográfica

Volto a abordar o tema "Reforma Ortográfica" para lembrá-los que podemos conviver com as duas ortografias, a nova e a antiga até 2012, e findo esse prazo, começam a valer, oficialmente, as novas regras.

Apesar da nova ortografia estar em vigor desde o início deste ano, e estar sendo usada por muitas pessoas, existem aqueles que dizem que continuarão utilizando a "velha" ortografia até o último dia de 2012 e passarão a aderir às mudanças em janeiro do ano subsequente.
O próprio professor Pasquale declarou que vai continuar usando a ortografia antiga no seu cotidiano até dezembro de 2012.
E você? Também vai esperar até lá para adequar-se às novas regras?

Por estarmos passando por um período de adaptação, o qual devemos estar bem informados e atentos para a nova escrita, acho de muita valia seguir o Houaiss no twitter.

Aproveito para postar meu artigo de opinião sobre o tema acima. O texto foi escrito em 2007, antes do acordo entrar em vigor.

Reforma Ortográfica: a unificação da língua portuguesa

Atualmente existem duas ortografias oficias da Língua Portuguesa: a do Brasil e a de Portugal. Por isso, hoje, é preciso redigir documentos com a grafia de ambos os países, algo totalmente desnecessário.

A proposta da reforma ortográfica, apresentada em 1991 pela CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a qual é composta por oito países: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, prevê que mais de 230 milhões de pessoas que falam o português tenham a escrita unificada, conservando-se as variadas pronúncias.

A CPLP definiu que, quando pelo menos três países ratificassem o acordo ortográfico, esse já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004, seguido de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe em 2006, mas Portugal está hesitante em ratificar o acordo, já que as mudanças afetarão cerca de 1,6% de seu vocabulário e 0,45% do nosso.

Dentre as principais mudanças ortográficas estão a extinção do trema (o que não é utilizado pela maioria faz tempo), a simplificação das regras do hífen, a incorporação das letras “k”, “W” e “y” ao alfabeto (passando esse para o total de 26 letras), a extinção do acento circunflexo nos casos de paroxítonas terminadas com duas letras “o” (abençôo- abençoo) e nas terceiras pessoas do plural de verbos no presente do indicativo ou do subjuntivo como crer, dar, ler, ver, entre outros, e a eliminação do acento diferencial em pára (verbo) de para (preposição). Já no vocabulário português, palavras escritas com consoantes mudas, nas quais são pronunciadas, passarão a ser escritas como no Brasil (acção-ação) e o “h” inicial de algumas palavras como “húmido”, passará a não existir.

Enquanto Portugal está “em cima do muro”, a reforma ortográfica, no Brasil, está prevista para entrar em vigor em 2008, mas, obviamente, haverá um período de transição para que haja a adequação da sociedade com a nova ortografia. O ministério da Educação acredita que é pela sala de aula que a mudança deve começar e por isso prepara a modificação nos livros didáticos. Aliás, o custo da reimpressão de livros é o único fator preocupante de toda essa estória.

Portanto, com a unificação da Língua Portuguesa, livros, inclusive científicos, e materiais didáticos poderão circular livremente entre os países, sem necessidade de revisá-los. Esse fenômeno facilitará o estudo da língua, o seu uso por estrangeiros e ainda irá fortalecer nosso rico idioma.

Os benefícios não param por aí, pois, como sabemos, existem grandes autores em nosso país, os quais passarão a ser mais conhecidos com tal unificação.

Por que não unificar?



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